Orientações para 2012

..
Análise das energias da Numerologia e do Tarô que influenciam 2012 – Programa Universo in Foco (04/01/2012)

Ver no YouTube
*
*

quarta-feira, 29 de abril de 2009

• Nós, os índios, conhecemos o silêncio

índios

Nós, os índios, conhecemos o silêncio. Não temos medo dele. Na verdade, para nós ele é mais poderoso do que as palavras.

Nossos ancestrais foram educados nas maneiras do silêncio e eles nos transmitiram esse conhecimento. Observa, escuta, e logo atua, nos diziam. Esta é a maneira correta de viver. Observa os animais para ver como cuidam se seus filhotes. Observa os anciões para ver como se comportam. Observa os homens brancos para imaginares o que querem. Sempre observa primeiro, com o coração e a mente quietos, e então aprenderás. Quanto tiveres observado o suficiente, então poderás atuar.

Com os brancos, é o contrário. Aprendem falando. Dão prêmios às crianças que falam mais na escola. Em suas festas, todos tratam de falar. No trabalho estão sempre tendo reuniões nas quais todos interrompem a todos, e todos falam cinco, dez, cem vezes. E chamam a isso de resolver um problema.

Quando estão numa habitação e há silêncio, ficam nervosos. Precisam preencher o espaço com sons. Então, falam compulsivamente, mesmo antes de saber o que vão dizer. Gostam de discutir.

Nem sequer permitem que o outro termine uma frase. Sempre interrompem. Para nós isso é muito desrespeitoso e até mesmo estúpido. Se começas a falar, eu não vou te interromper. Te escutarei. Talvez deixe de escutá-lo se não gostar do que estás dizendo. Mas não vou interromper-te. Quando terminares, tomarei minha decisão sobre o que disseste, mas não te direi se não estou de acordo, a menos que seja importante. Do contrário, simplesmente ficarei calado e me afastarei. Terás dito o que preciso saber. Não há mais nada a dizer. Mas isso não é suficiente para a maioria dos homens brancos.

Deveríamos pensar nas palavras como se fossem sementes. Devem ser plantadas e permiti-las crescer no sons do silêncio da mãe-Terra. Nossos ancestrais nos ensinaram que a terra está sempre nos falando, e que devemos ficar em silêncio para escutá-la.

Conhecemos o Silêncio. Não sofremos de falta de comunicação, mas, ao contrário, sofremos com todas as forças que nos obrigam a falar quando não temos grande coisa a dizer.

Existem muitas vozes além das nossas. Muitas vozes. Mas nós só vamos escutá-las em silêncio. No silêncio da Vida!

* * *
"Neither Wolf nor Dog. On Forgotten Roads with an Indian Elder" - Kent Nerburn. tradução: Leela (Porto Alegre/RS)
recebi da Jane, por e-mail.

Leia mais >>

• Gente fina

Martha Medeiros

Gente fina é aquela que é tão especial que a gente nem percebe se é gorda, magra, velha, moça, loira, morena, alta ou baixa. Ela é gente fina, ou seja, está acima de qualquer classificação.

Todos a querem por perto.

Tem um astral leve, mas sabe aprofundar as questões quando necessário.

É simpática, mas não bobalhona.

É uma pessoa direita, mas não escravizada pelos certos e errados: sabe transgredir sem agredir.

Gente fina é aquela que é generosa, mas não banana.

Te ajuda, mas permite que você cresça sozinho.

Gente fina diz mais sim do que não, e faz isso naturalmente, não é para agradar.

Gente fina se sente confortável em qualquer ambiente: num boteco de beira de estrada e num castelo no interior da Escócia.

Gente fina não julga ninguém – tem opinião, apenas.

Um novo começo de era, com gente fina, elegante e sincera. O que mais se pode querer?

Gente fina não esnoba, não humilha, não trapaceia, não compete e, como o próprio nome diz, não engrossa. Não veio ao mundo pra colocar areia no projeto dos outros. Ela não pesa, mesmo sendo gorda, e não é leviana, mesmo sendo magra.

Gente fina é que tinha que virar tendência. Porque, colocando na balança, é quem faz a diferença.

* * *
recebi de muitas, mas muitas pessoas. todas "gente fina".

Leia mais >>

• Ecologia interior

Frei Beto

Por um minuto, esquece a poluição do ar e do mar, a química que contamina a terra e envenena os alimentos, e medita: como anda o teu equilíbrio eco-biológico?

Tens dialogado com teus órgãos interiores? Acariciado o teu coração? Respeitas a delicadeza de teu estômago? Acompanhas mentalmente teu fluxo sanguíneo? Teus pensamentos são poluídos? As palavras, ácidas? Os gestos, agressivos? Quantos esgotos fétidos correm em tua alma? Quantos entulhos – mágoas, ira, inveja – se amontoam em teu espírito?

Examina a tua mente. Está despoluída de ambições desmedidas, preguiça intelectual e intenções inconfessáveis? Teus passos sujam os caminhos de lama, deixando um rastro de tristeza e desalento? Teu humor intoxica-se de raiva e arrogância? Onde estão as flores do teu bem-querer, os pássaros pousados em teu olhar, as águas cristalinas de tuas palavras? Por que teu temperamento ferve com freqüência e expele tanta fuligem pelas chaminés de tua intolerância? Não desperdiça a vida queimando a tua língua com as nódoas de teus comentários infundados sobre a vida alheia.

Preserva o teu ambiente, investe em tua qualidade de vida, purifica o espaço em que transitas. Limpa os teus olhos das ilusões de poder, fama e riqueza, antes que fiques cego e tenhas os passos desviados para a estrada dessinalizada dos rumos da ética. Ela é cheia de buracos e podes enterrar o teu caminho num deles. Tu és, como eu, um ser frágil, ainda que julgues fortes os semelhantes que merecem a tua reverência. Somos todos feitos de barro e sopro. Finos copos de cristal que se quebram ao menor atrito: uma palavra descuidada, um gesto que machuca, uma desconfiança que perdura.

Graças ao Espírito que molda e anima o teu ser, o copo partido se reconstitui, inteiro, se fores capaz de amar. Primeiro, a ti mesmo, impedindo que a tua subjetividade se afogue nas marés negativas. Depois, a teus semelhantes, exercendo a tolerância e o perdão, sem jamais sacrificar o respeito e a justiça. Livra a tua vida de tantos lixos acumulados. Atira pela janela as caixas que guardam mágoas e tantas fichas de tua contabilidade com os supostos débitos de outrem. Vive o teu dia como se fosse a data de teu renascer para o melhor de ti mesmo - e os outros te receberão como dom de amor. Pratica a difícil arte do silêncio. Desliga-te das preocupações inúteis, das recordações amargas, das inquietações que transcendem o teu poder.

Recolhe-te no mais íntimo de ti mesmo, mergulha em teu oceano de mistério e descobre, lá no fundo, o Ser Vivo que funda a tua identidade. Guarda este ensinamento: por vezes é preciso fechar os olhos para ver melhor. Acolhe a tua vida como ela é: uma dádiva involuntária. Não pediste para nascer e, agora, não desejas morrer. Faz dessa gratuidade uma aventura amorosa. Não sofras por dar valor ao que não merece importância. Trata a todos como igual, ainda que estejam revestidos ilusoriamente de nobreza ou se mostrem realmente como seres carcomidos pela miséria.

Faz da justiça o teu modo de ser e jamais te envergonhes de tua pobreza, de tua falta de conhecimentos ou de poder. Ninguém é mais culto do que o outro. O que existem são culturas distintas e socialmente complementares. O que seria do erudito sem a arte culinária da cozinheira analfabeta? Tua riqueza e teu poder residem em tua moral e dignidade, que não têm preço e te trazem apreço. Porém, arma-te de indignação e esperança.

Luta para que todos os caminhos sejam aplainados, até que a espécie humana se descubra como uma só família, na qual todos, malgrado as diferenças, tenham iguais direitos e oportunidades. E estejas convicto de que convergimos todos para Aquele que, supremo Atrator, impregnou-nos dessa energia que nos permite conhecer a abissal distância que há entre a opressão e a libertação.

Faze de cada segundo de teu existir uma oração. E terás força para expulsar os vendilhões do templo, operar milagres e disseminar a ternura como plenitude de todos os direitos humanos.

Ainda que estejas cercado de adversidades, se preservares a tua ecobiologia interior serás feliz, porque trarás em teu coração tesouros indevassáveis.

* * *
Publicado no site ADITAL (28/05/04).
recebi da Bê por e-mail.

Leia mais >>

• Confie em tudo o que acontecer

Roberto Shinyashiki

Muitas vezes a dor parecerá insuportável, as perdas, insuperáveis, os obstáculos, intransponíveis. Mas, com fé e determinação, descobriremos que somos maiores que tudo isso e, no final, celebraremos nossas vitórias.

Eu acredito que existe um Deus que cuida bem de nós e sabe o que faz. Eu acredito que a lógica de Deus é superior à minha capacidade de compreensão. Eu acredito que Deus nunca erra, embora, às vezes, eu não seja capaz de entender a razão de meu sofrimento.

Tudo o que acontece com a gente tem um propósito, tem um porquê. Basta olhar para trás, percorrendo nossa trajetória, para perceber quanto as experiências do passado – as dolorosas e as felizes – foram importantes para que chegássemos aonde estamos hoje.

Pessoas que tiveram doenças graves, um câncer, por exemplo, e precisaram fazer tratamentos dolorosos, como quimioterapia, normalmente passam a enxergar a vida de forma diferente depois que todo o sofrimento cessa. Percebem então quanto essa experiência difícil foi importante para que aprendessem muitas coisas sobre a vida que ainda não sabiam.

As jornadas mais complicadas sempre são aquelas que nos trazem mais sabedoria. Como nas histórias dos heróis de todos os tempos, há sempre o momento de enfrentar o grande desafio, de encarar a caverna mais profunda de toda a jornada. É nesse instante que o herói deve provar que tem força para seguir em frente.

O jornalista Mario Rosa mostra, em seu livro A Síndrome de Aquiles (Gente, 2001), uma imagem muito bonita do significado dos incêndios em nossa vida:

"Quem já foi a um parque como o Yosemite, na Califórnia, teve o raro privilégio de ver de perto o maior monumento vivo do reino vegetal: as legendárias sequóias. Essas árvores alcançam alturas impressionantes e chegam a viver até 4 mil anos. É quando se está diante de um portento tão poderoso como uma sequóia, vendo-a viva, tocando essa testemunha da História de nosso planeta, que quarenta séculos de vida deixam de ser apenas um número e passam a evocar uma forte emoção e algumas reflexões.

Uma sequóia já estava naquele mesmo lugar há 2 mil anos, quando Jesus nasceu. Quando a civilização egípcia estava terminando a construção da Grande Pirâmide de Gizé, as sequóias que hoje vemos vivas e pujantes já haviam brotado da terra. Se compararmos a duração da vida de uma sequóia com a de um ser humano, descobriremos que cinco anos dessa árvore representam em relação ao todo de sua existência o mesmo que um mês significa para um ser humano. Assim, a explosão nuclear que devastou Hiroshima e Nagasaki e pôs fim à Segunda Guerra Mundial, vista sob a perspectiva da vida de uma sequóia, ocorreu não faz um ano. O fim da Guerra do Vietnã se deu no semestre passado. E a morte de Lady Di, há dois fins de semana.

Intrigados com tanta força e resistência, os cientistas, com o passar do tempo, foram descobrindo os fatores que fazem com que as sequóias sejam esse fenômeno de sobrevivência. Um dos segredos da vida de uma sequóia é o fato de que, por ser tão alta, atrai raios durante as tempestades. São justamente os raios que provocam incêndios que, por sua vez, destroem os galhos mais pesados da árvore, possibilitando-lhe que concentre sua seiva nos galhos realmente indispensáveis. Em sua vida, raios, tempestades e incêndios são crises que, em vez de destruição, permitem purificação. Fazem com que ela não desperdice seiva, concentrando-se nos ramos essenciais. Isso permite que continue crescendo. E sobrevivendo".

Tal como as sequóias, nós somos seres com poderes infinitos, precisamos apenas que alguns raios nos ataquem para conhecermos nossa força.

Muitas vezes a dor parecerá insuportável, as perdas, insuperáveis, os obstáculos, intransponíveis. Mas, com fé e determinação, descobriremos que somos maiores que tudo isso e, no final, celebraremos nossas vitórias.

* * *
fonte: Clube dos Campeões
imagem: Sequóias do parque Yosemite – fonte: Flickr

Leia mais >>

quinta-feira, 16 de abril de 2009

• A Pequena Alma e o Sol

mãos

Neale Donald Walsch

Era uma vez, em tempo nenhum, uma Pequena Alma que disse a Deus:
— Eu sei quem sou!

E Deus disse:
— Que bom! Quem és tu?

E a Pequena Alma gritou:
— Eu sou Luz

E Deus sorriu.
— É isso mesmo! — exclamou Deus. — Tu és Luz!

A Pequena Alma ficou muito contente, porque tinha descoberto aquilo que todas as almas do Reino deveriam descobrir.

— Uauu, isto é mesmo bom! — disse a Pequena Alma.

Mas, passado pouco tempo, saber quem era já não lhe chegava. A pequena Alma sentia-se agitada por dentro, e agora queria ser quem era. Então foi ter com Deus (o que não é má idéia para qualquer alma que queira ser Quem Realmente É) e disse:

— Olá Deus! Agora que sei Quem Sou, posso sê-lo?

E Deus disse:
— Quer dizer que queres ser Quem já És?

— Bem, uma coisa é saber Quem Sou, e outra coisa é sê-lo mesmo. Quero sentir como é ser a Luz! — respondeu a pequena Alma.

— Mas tu já és Luz — repetiu Deus, sorrindo outra vez.

— Sim, mas quero senti-lo! — gritou a Pequena Alma.

— Bem, acho que já era de esperar. Tu sempre foste aventureira — disse Deus com uma risada. Depois a sua expressão mudou.
— Há só uma coisa...

— O quê? — perguntou a Pequena Alma.

— Bem, não há nada para além da Luz. Porque eu não criei nada para além daquilo que tu és; por isso, não vai ser fácil experimentares- te como Quem És, porque não há nada que tu não sejas.

— Hã? — disse a Pequena Alma, que já estava um pouco confusa.

— Pensa assim: tu és como uma vela ao Sol. Estás lá sem dúvida. Tu e mais milhões, ziliões de outras velas que constituem o Sol. E o Sol não seria o Sol sem vocês. Não seria um sol sem uma das suas velas... E isso não seria de todo o Sol, pois não brilharia tanto. E, no entanto, como podes conhecer-te como a Luz quando estás no meio da Luz — eis a questão.

— Bem, tu és Deus. Pensa em alguma coisa! — disse a Pequena Alma mais animada.

Deus sorriu novamente.
— Já pensei. Já que não podes ver-te como a Luz quando estás na Luz, vamos rodear-te de escuridão — disse Deus.

— O que é a escuridão? — Perguntou a Pequena Alma.

— É aquilo que tu não és — replicou Deus.

— Eu vou ter medo do escuro? — choramingou a Pequena Alma.

— Só se o escolheres. Na verdade não há nada de que devas ter medo, a não ser que assim o decidas. Porque estamos a inventar tudo. Estamos a fingir.

— Ah! — disse a Pequena Alma, sentindo-se logo melhor.

Depois Deus explicou que, para se experimentar o que quer que seja, tem de aparecer exatamente o oposto. É uma grande dádiva, porque sem ela não poderíamos saber como nada é — disse Deus.

— Não poderíamos conhecer o Quente sem o Frio, o Alto sem o Baixo, o Rápido sem o Lento. Não poderíamos conhecer a Esquerda sem a Direita, o Aqui sem o Ali, o Agora sem o Depois. E por isso, — continuou Deus — quando estiveres rodeada de escuridão, não levantes o punho nem a voz para amaldiçoar a escuridão. Sê antes uma Luz na escuridão, e não fiques furiosa com ela. Então saberás Quem Realmente És, e os outros também o saberão. Deixa que a tua Luz brilhe tanto que todos saibam como és especial!

— Então posso deixar que os outros vejam que sou especial? — perguntou a Pequena Alma.

— Claro! — Deus riu-se. — Claro que podes! Mas lembra-te de que “especial” não quer dizer “melhor”! Todos são especiais, cada qual à sua maneira! Só que muitos esqueceram-se disso. Esses apenas vão ver que podem ser especiais quando tu vires que podes ser especial!

— Uau — disse a Pequena Alma, dançando e saltando e rindo e pulando.

— Posso ser tão especial quanto quiser!

— Sim, e podes começar agora mesmo — disse Deus, também dançando e saltando e rindo e pulando juntamente com a Pequena Alma.

— Que parte de especial é que queres ser?

— Que parte de especial? — repetiu a Pequena Alma. — Não estou a perceber.

— Bem — explicou Deus —, ser a Luz é ser especial, e ser especial tem muitas partes. É especial ser bondoso. É especial ser delicado. É especial ser criativo. É especial ser paciente. Conheces alguma outra maneira de ser especial?

A Pequena Alma ficou em silêncio por um momento.

— Conheço imensas maneiras de ser especial! — exclamou a Pequena Alma — É especial ser prestativa. É especial ser generoso. É especial ser simpático. É especial ser atencioso com os outros.

— Sim! — concordou Deus — E tu podes ser todas essas coisas, ou qualquer parte de especial que queiras ser, em qualquer momento. É isso que significa ser a Luz.

— Eu sei o que quero ser, eu sei o que quero ser! — proclamou a Pequena Alma com grande entusiasmo. — Quero ser a parte de especial chamada “perdão”. Não é ser especial alguém que perdoa?

— Ah, sim, isso é muito especial, assegurou Deus à Pequena Alma.

— Está bem. É isso que eu quero ser. Quero ser alguém que perdoa. Quero experimentar- me assim — disse a Pequena Alma.

— Bom, mas há uma coisa que devias saber — disse Deus.

A Pequena Alma já começava a ficar um bocadinho impaciente.Parecia haver sempre alguma complicação...

— O que é? — suspirou a Pequena Alma.

— Não há ninguém a quem perdoar.

— Ninguém?

A Pequena Alma nem queria acreditar no que tinha ouvido.

— Ninguém! — repetiu Deus. Tudo o que Eu fiz é perfeito. Não há uma única alma em toda a Criação menos perfeita do que tu. Olha à tua volta.

Foi então que a Pequena Alma reparou na multidão que se tinha aproximado. Outras almas tinham vindo de todos os lados — de todo o Reino — porque tinham ouvido dizer que a Pequena Alma estava a ter uma conversa extraordinária com Deus, e todas queriam ouvir o que eles estavam a dizer.

Olhando para todas as outras almas ali reunidas, a Pequena Alma teve de concordar. Nenhuma parecia menos maravilhosa, ou menos perfeita do que ela. Eram de tal forma maravilhosas, e a sua Luz brilhava tanto, que a Pequena Alma mal podia olhar para elas.

— Então, perdoar quem? — perguntou Deus.

— Bem, isto não vai ter piada nenhuma! — resmungou a Pequena Alma — Eu queria experimentar- me como Aquela que Perdoa. Queria saber como é ser essa parte de especial.

E a Pequena Alma aprendeu o que é sentir-se triste.

Mas, nesse instante, uma Alma Amiga destacou-se da multidão e disse:
— Não te preocupes, Pequena Alma, eu vou ajudar-te — disse a Alma Amiga.

— Vais? — a Pequena Alma animou-se. — Mas o que é que tu podes fazer?

— Ora, posso dar-te alguém a quem perdoares!

— Podes?

— Claro! — disse a Alma Amiga alegremente. — Posso entrar na tua próxima vida física e fazer qualquer coisa para tu perdoares.

— Mas por quê? Porque é que farias isso? — perguntou a Pequena Alma. — Tu, que és um ser tão absolutamente perfeito! Tu, que vibras a uma velocidade tão rápida a ponto de criar uma Luz de tal forma brilhante que mal posso olhar para ti! O que é que te levaria a abrandar a tua vibração para uma velocidade tal que tornasse a tua Luz brilhante numa luz escura e baça? O que é que te levaria a ti, que danças sobre as estrelas e te moves pelo Reino à velocidade do pensamento, a entrar na minha vida e a tornares-te tão pesada a ponto de fazeres algo de mal?

— É simples — disse a Alma Amiga. — Faço-o porque te amo.

A Pequena Alma pareceu surpreendida com a resposta.

— Não fiques tão espantada — disse a Alma Amiga — tu fizeste o mesmo por mim.Não te lembras? Ah, nós já dançamos juntas, tu e eu, muitas vezes. Dançamos ao longo das eternidades e através de todas as épocas. Brincamos juntas através de todo o tempo e em muitos sítios. Só que tu não te lembras. Já fomos ambas o Todo. Fomos o Alto e o Baixo, a Esquerda e a Direita. Fomos o Aqui e o Ali, o Agora e o Depois. Fomos o Masculino e o Feminino, o Bom e o Mau — fomos ambas a vítima e o vilão. Encontramo-nos muitas vezes, tu e eu; cada uma trazendo à outra a oportunidade exata e perfeita para Expressar e Experimentar Quem Realmente Somos. E assim, — a Alma Amiga explicou mais um bocadinho — eu vou entrar na tua próxima vida física e ser a “má” desta vez. Vou fazer alguma coisa terrível, e então tu podes experimentar- te como Aquela Que Perdoa.

— Mas o que é que vais fazer que seja assim tão terrível? — perguntou a Pequena Alma, um pouco nervosa.

— Oh, havemos de pensar nalguma coisa! — respondeu a Alma Amiga, piscando o olho.

Então a Alma Amiga pareceu ficar séria, disse numa voz mais calma:

— Mas tens razão acerca de uma coisa, sabes?

— Sobre o quê? — perguntou a Pequena Alma.

— Eu vou ter de abrandar a minha vibração e tornar-me muito pesada para fazer esta coisa não muito boa. Vou ter de fingir ser uma coisa muito diferente de mim. E por isso, só te peço um favor em troca...

— Oh, qualquer coisa, o que tu quiseres! — Exclamou a Pequena Alma, que começou a dançar e a cantar:
— Eu vou poder perdoar, eu vou poder perdoar!

Então a Pequena Alma viu que a Alma Amiga estava muito quieta.

— O que é? — perguntou a Pequena Alma. O que é que eu posso fazer por ti? És um anjo por estares disposta a fazer isto por mim!

— Claro que esta Alma Amiga é um anjo! — Interrompeu Deus — São todas! Lembra-te sempre: Não te enviei senão anjos.

E então a Pequena Alma quis mais do que nunca satisfazer o pedido da Alma Amiga.

— O que é que posso fazer por ti? Perguntou novamente a Pequena Alma.

— No momento em que eu te atacar e atingir, — respondeu a Alma Amiga — no momento em que eu te fizer a pior coisa que possas imaginar, nesse preciso momento...

— Sim? — interrompeu a Pequena Alma — Sim?

A Alma Amiga ficou ainda mais quieta.

— Lembra-te de Quem Realmente Sou.

— Oh, não me hei de esquecer! — gritou a Pequena Alma — Prometo! Lembrar-me-ei sempre de ti tal como te vejo aqui e agora.

— Que bom, — disse a Alma Amiga — porque, sabes, eu vou estar a fingir tanto, que eu própria me vou esquecer. E se tu não te lembrares de mim tal como eu sou realmente, eu posso também não me lembrar durante muito tempo. E se eu me esquecer de Quem Sou, tu podes esquecer-te de Quem És, e ficaremos as duas perdidas. Então, vamos precisar que venha outra alma para nos lembrar às duas Quem Somos.

— Não vamos, não! — prometeu outra vez a Pequena Alma. — Eu vou lembrar-me de ti! E vou agradecer-te por esta dádiva — a oportunidade que me dás de me experimentar como Quem Eu Sou.

E assim o acordo foi feito. E a Pequena Alma avançou para uma nova vida, entusiasmada por ser a Luz, que era muito especial, e entusiasmada por ser aquela parte especial a que se chama Perdão.

E a Pequena Alma esperou ansiosamente pela oportunidade de se experimentar como Perdão, e por agradecer a qualquer outra alma que o tornasse possível.

E, em todos os momentos dessa nova vida, sempre que uma nova alma aparecia em cena, quer essa nova alma trouxesse alegria ou tristeza — principalmente se trouxesse tristeza a Pequena Alma pensava no que Deus lhe tinha dito.

"Lembra-te sempre — Deus aqui tinha sorrido — não te enviei senão anjos."

* * *
recebi da Bê, por e-mail.

Leia mais >>

• O Guerreiro da Luz e seu temperamento

Paulo Coelho

O guerreiro da luz se permite viver um dia diferente do outro. Ele não tem medo de chorar mágoas antigas ou alegrar-se com novas descobertas. Quando sente que chegou a hora, larga tudo e parte para sua aventura tão sonhada. Quando entende que está no limite de sua resistência, sai do combate, sem culpar-se por ter feito uma ou duas loucuras inesperadas.

A história a seguir ilustra o que quero dizer.

Um homem em busca da santidade resolveu subir uma alta montanha levando apenas a roupa do corpo, e ali permanecer meditando o resto de sua vida.

Logo percebeu que uma roupa não era suficiente, porque ficava suja muito rápida. Desceu a montanha, foi até a aldeia mais próxima, e pediu outras vestimentas. Como todos sabiam que o homem estava em busca de santidade, entregaram-lhe um novo par de calças e uma camisa.

O homem agradeceu e tornou a subir até a ermida que estava construindo no alto do monte. Passava a noite fazendo as paredes, os dias entregue à meditação, comia os frutos das árvores, e bebia a água de uma nascente próxima.

Um mês depois, descobriu que um rato costumava roer a roupa extra que deixava para secar. Como queria estar concentrado apenas em seu dever espiritual, desceu de novo até o vilarejo, e pediu que lhe arranjassem um gato.

Os moradores, respeitando sua busca, atenderam o pedido.

Mais sete dias, e gato estava quase morto de inanição, porque não conseguia alimentar-se de frutas, e não havia mais ratos no local. Voltou à aldeia em busca de leite; como os camponeses sabiam que não era para ele – que, afinal de contas, resistia sem comer nada além do que a natureza lhe oferecia, mais uma vez o ajudaram.

O gato acabou rapidamente com o leite, de modo que o homem pediu que lhe emprestassem uma vaca.

Como a vaca dava mais leite que o suficiente, ele passou a bebê-lo também, para não desperdiçar. Em pouco tempo - respirando o ar da montanha, comendo frutas, meditando, bebendo leite, e fazendo exercício - transformou-se em um modelo de beleza. Uma bela moça que subira a montanha para procurar um cordeiro, terminou se apaixonando, e convenceu-o que precisava de uma esposa para cuidar das tarefas da casa, enquanto meditava em paz.

O homem ficou três dias em jejum, procurando saber qual a melhor decisão a tomar. Finalmente, entendeu que o casamento é uma benção dos céus, e aceitou a proposta.

Três anos depois, o homem estava casado, com dois filhos, três vacas, um pomar de árvores frutíferas, e dirigia um lugar de meditação, com uma gigantesca lista de espera de gente que queria conhecer o milagroso “templo da eterna juventude”.

Quando alguém lhe perguntava como havia começado tudo aquilo, ele dizia:

– Duas semanas depois que cheguei aqui, tinha apenas duas peças de roupa. Um rato começou a roer uma delas, e...

Mas ninguém se interessava pelo final da história; tinham certeza que era um sagaz homem de negócios, tentando inventar uma lenda para poder aumentar ainda mais o preço da estadia no templo.

Mas como um bom guerreiro da luz, ele não se importava com o que pensavam os outros; estava contente porque foi capaz de transformar seus sonhos em realidade.

* * *
fonte: Guerreiro da Luz Online (edição 196), publicação de www.paulocoelho.com.br
Copyright @ 2009 Paulo Coelho

Leia mais >>

quarta-feira, 15 de abril de 2009

• Inaugurado Museu Farmacêutico Moura

Lú Albuquerque e Gilberto Moura

Lú Albuquerque

Por iniciativa do farmacêutico e bioquímico Dr. José Gilberto Perez de Moura, proprietário da Farmácia Natura, Pelotas ganha museu dedicado à memória farmacêutica.

Pioneiro do gênero no Rio Grande do Sul e terceiro no país, o Museu Farmacêutico Moura foi inaugurado na noite de 23 de março. Cerca de duzentos convidados prestigiaram a cerimônia que contou com a presença dos presidentes dos Conselhos Federal e Regional de Farmácia, entre autoridades, amigos, parceiros e meios de comunicação.

Lú Albuquerque, Nauro Júnior, Gabriela Mazza, Fátima Carvalho, Rose Perufo e Ubirajara MelloDE MEMORIAL A MUSEU

Confessando-se um apaixonado pela profissão de farmacêutico, Gilberto Moura conta que sempre colecionou objetos a ela relacionados. Quando a Farmácia Natura completou 25 anos ele já possuía considerável acervo de relíquias e curiosidades farmacêuticas. Decidiu, então, criar o Memorial Natura, um espaço para exposição que ocupava uma área de 16 metros quadrados no interior da Farmácia Natura. A idéia agradou tanto que o Memorial, cuja fama correu o Estado, começou a receber doações de diversas partes e precisou ser ampliado. Com um ano de fundação já ocupava uma área de mais de 50 metros quadrados.

As doações continuaram chegando, a coleção foi crescendo e o andar superior da Farmácia tornou-se pequeno para abrigar as peças – maquinários, vidrarias, medicamentos e propagandas antigas, livros raros, documentos preservados, além de importante coleção de medicamentos de vários países. Com a evidência da necessidade de um espaço físico maior e estimulado pelo grande número de visitas, principalmente estudantes, grupos da terceira idade e turistas, o empresário decidiu alugar e reformar o prédio ao lado da Natura. Para organizar o acervo, contratou duas acadêmicas do curso de Museologia do Instituto de Ciências Humanas da UFPEL – Nathalia Santos da Costa e Heloisa Helena da Silva Freitas.

O Museu Farmacêutico Moura tem 360 metros de área e, nos fundos, contará com uma cafeteria. Uma vez que a Farmácia Natura tem ligação interna com o museu, oportuniza ao cliente que estiver esperando seu remédio manipulado a opção de viajar pela história da farmácia no mundo.

ACERVO

Mais de 3 mil objetos do Brasil e de 32 países estão expostos em vitrines, paredes, mesas, álbuns e DVD. Um aparelho de TV mostra propagandas de remédios e de produtos de perfumaria de várias épocas. A peça mais antiga, datada de 1835, é um laboratório de campo – uma caixa de madeira, com várias divisórias que continham o material necessário para fabricação dos remédios. Alternativa da época, permitia aos farmacêuticos que iam à casa dos pacientes prepararem os medicamentos na hora. Almanaques produzidos pelos laboratórios e distribuídos nas farmácias, semelhantes a revistas e muito concorridos nas décadas de 70 e 80, continham dicas de saúde, curiosidades, palavras cruzadas e novidades em medicamentos. A sessão "Remédios do Mundo" foi inspirada no modelo de Ricardo Gurvitz que há anos guarda mostras de medicamentos dos países que visita. "Os amigos viajavam para o exterior e traziam remédios em lugar de presentes", diz o farmacêutico.

Embora declare não ter preferência por uma ou outra relíquia, Gilberto Moura reconhece o valor sentimental de diversos objetos. Como exemplo, os três primeiros frascos de remédios da coleção, doados pela farmácia De Faria (Rio de Janeiro), onde ele trabalhou enquanto cursava pós graduação na década de 70. Lugar especial reservado à escrivaninha pertencente ao avô, Dr. Rouget Perez, conhecido químico pelotense. Também uma receita, prescrita em 1959 por seu pai, Dagoberto Moura, então médico pediatra, doada por uma ex-paciente do mesmo.

O Museu Farmacêutico Moura impressiona tanto pela quantidade, variedade e qualidade das peças, quanto pelo requinte das instalações. Doações continuam chegando e o empresário informou que há um segundo piso ainda sem uso. Perguntado sobre o montante investido na realização do que ele considera um sonho, Gilberto Moura diz que o museu é um presente para Pelotas e não se costuma revelar o custo de um presente.

VISITAÇÃO

Funcionando diariamente, das 9h às 18h, em sua primeira semana de inauguração o museu recebeu quase duzentas visitas por dia. A entrada é franca e visitação por grupos pode ser agendada previamente pelo telefone 2128-2128 ou no local – rua XV de Novembro, 612.
* * *
fonte: 3º Milênio
fotos: 1- Lú Albuquerque com Gilberto Moura (foto: Laureano Bittencourt)
2- com Nauro Júnior, Gabriela Mazza, Fátima Carvalho, Rose Perufo e Ubirajara Mello (foto: Gustavo Vara).
3- com Equipe Farmácia Natura e amigos (foto: Gustavo Vara)
4- com Quelen e Zé (foto: Laureano Bittencourt)

Leia mais >>

sábado, 4 de abril de 2009

• Parabéns prá nós!!!

Inter 100

Tu podes ser de Caçapava, de Vacaria ou do Ceará.

Tu podes ser Branco, Índio ou Escurinho.

Tu podes ser um Figueroa, como o Elias, ou um Silva, como o Célio.

Teu "apelido" poder ser Paz, Benitez ou Gamarra, mas teu apelido pode ser Oreco, Nena ou Guina.

Tu podes ser chamado de Claudião ou de Fernandão, mas também podem te chamar de Jajá ou de Teté.

Tu podes ser um Claudiomiro, mas também podes ser Magrão. Tu podes ser um Gato, como o Fernandez, ou um Pato, como o Alexandre. Tu podes ser um Tesourinha, mas também, um Bodinho. Tu podes ser um Falcão, ou simplesmente, um Gabiru.

Tu podes ser tudo isso e muito mais, mas tu sempre serás um só. Não importa a tua origem ou a tua cor. Não importa o teu nome nem o teu apelido. Não importa o teu tamanho nem a tua idade.

Tua pele é vermelha, tu és um colorado.

Tu és Internacional e, hoje, tu tens 100 anos de idade.

Feliz Aniversário!

* * *
Recebi o texto da Cris Marteletti, pelo Orkut. Adorei!
imagem: da internet.

Leia mais >>

sexta-feira, 3 de abril de 2009

• Sport Club Internacional, 100

S C Internacional

Mauro Beting

Naquela última noite, nos Eucaliptos, Tesourinha e Carlitos viram as luzes se apagando no estádio. Foram até as goleiras, retiraram as redes do velho campo colorado, e deixaram nuas as traves naquelas trevas do entrevado 1969 brasileiro. Era a última cerimônia antes da inauguração do Beira-Rio. Onde iniciaria o ciclo vitorioso e virtuoso que começou com um Falcão imperial nos anos 70 e acabou num Gabiru iluminado na noite japonesa e mundial, em 2006.

Tudo ficara escuro nos Eucaliptos no último ato da velha cancha naquele fim de verão de 1969. Pouco antes do verão de 1975, tudo parecia cinza naquela tarde de 14 de dezembro, em Porto Alegre. Até um raio de sol iluminar a grande área onde o ainda maior Figueroa subiu para anotar o gol do primeiro dos três Brasileiros da glória do desporto nacional naqueles anos 70. O maior time do país em uma das nossas melhores décadas. O melhor campeão brasileiro por aproveitamento, no bicampeonato, em 1976. O único campeão invicto nacional, em 1979.

O Internacional centenário. O clube da família italiana Poppe que deixou São Paulo e Rio para fazer a vida em Porto Alegre, em 1909. Dizem que tentaram jogar bola no clube alemão – e não teriam deixado; tentaram jogar tênis, remar, dar tiro – também não deixaram. Então, juntaram um time de estudantes e comerciários para fazer um clube que deixasse entrar gente de todas as cores e credos. Dois negros assinaram a ata. O primeiro “colored” da Liga da Canela Preta (Dirceu Alves) atuou pelo clube em 1925, enquanto o rival só foi aceitar um negro em 1952 – justamente o Tesourinha, glória gaudéria nos anos 40, na década do Rolo Compressor que durou 11 anos, e dez títulos estaduais.

Inter que ergueu estádios com o torcedor que vestiu a camisa, arregaçou as mangas, e construiu arquibancadas de cimento armado e amado. Inter que apagou as luzes dos Eucaliptos para acender um gigante na Beira-Rio e ascender aos maiores lugares de pódios brasileiros, sul-americanos e mundiais. Superando potências e preconceitos, fincando a bandeira colorada da terra gaúcha no gramado do outro lado da Terra, vencendo um gaúcho genial como Ronaldinho e um Barcelona invencível aos olhos da bola.

Mas quem ousa duvidar da pelota que peleia? Dizem que o futebol gaúcho só é duro, só é viril. Diz quem não viu o Inter de Minelli, fortaleza técnica, tática e física. O Rolo Compressor inovador no preparo atlético e no apetite por gols. O futebol que ganhou o mundo em 2006 marcando como gaúcho, e contra-atacando como o alagoano Gabiru. Campeão com gringos como Figueroa, Villalba, Benítez, Ruben Páz, Gamarra, Guiñazú e D’Alessandro; com forasteiros como Fernandão, Valdomiro, Manga, Falcão, Bodinho, Dario, Larry, Lúcio, Nilmar, Mário Sérgio e Pato; gaúchos como Tesourinha, Carlitos, Oreco, Nena, Taffarel, Carpegiani, Chinesinho, Batista, Mauro Galvão, Dunga, Flávio, Paulinho, Claudiomiro, Jair e Rafael Sóbis.

Tantos de todos. Nada mais internacional. Poucos como o Internacional centenário. Aquele time de excluídos que, em 100 anos, já tem o sétimo maior número de sócios do planeta. São mais de 83 mil que têm mais que uma carteirinha. Eles têm um clube para amar que não depende de documento. Números e nomes não sabem contar o que uma bandeira vermelha pode fazer à sombra de um eucalipto.

Uma bandeira rubra pode ensolarar um estádio apagado, uma tarde cinzenta, e o mundo na terra do Sol Nascente. Aquele que iluminou Figueroa, aquele que inspirou Gabiru, aquele que neste quatro de abril vai nascer mais vermelho.

* * *
Mauro Beting é jornalista do Grupo Bandeirantes de Comunicação e Grupo LANCE!
fonte: www.lancenet.com.br
imagem: www.internacional.com.br

Leia mais >>

quarta-feira, 1 de abril de 2009

• Relacionamento afetivo

namoroLuiz Antonio Gasparetto

• Não é justo tentar mudar as pessoas (elas nunca mudarão por sua causa). Você é que precisa de humildade para aprender a lidar com elas, sem lançar mão de julgamentos.

• Os outros não mudam (porque cada um caminha naquilo que tem de melhor). Você é que tem de fazer uma mudança em si próprio, para se sentir melhor. E você só muda quando pára e puxa: "Estou ruim comigo. Vou mudar".

• As pessoas não estão aqui para mudar a fim de satisfazer as suas fantasias. Elas são o que podem ser. "Ele (a) é ele (a)". "É pegar ou largar".

• É injusto julgar as pessoas. Você deve ver o fundo delas, ouvi-las, investigar a situação com calma.

• Não suponha pelos outros. Pergunte e escute as pessoas para conhecê-las melhor. Ouça, registre e respeite.

• Há pessoas que passam por experiências diferentes das suas, razão pela qual você precisa compreender os problemas delas.

• Quando você se rende à humildade e aprende a lidar com os outros a sua inteligência entra em ação e encontra saídas para os problemas.

• É errado exigir que as pessoas o amem como você quer. Não devemos exigir dos outros mais do que eles podem nos oferecer.

• As pessoas só podem dar o que têm.

• Quando você exige demais de uma pessoa, ela se fecha e passa a mentir e omitir-se.

• Nunca exija dos outros o que você não consegue fazer por si próprio.

• Ninguém o trata bem pelo fato de você tratá-lo bem.

• Quanto mais eu sou alguma coisa para mim, mais a pessoa (à qual me apego) se afasta.

• Você só é responsável afetivamente por si próprio.

• É importante impor limites às pessoas, caso contrário elas nunca saberão até onde podem ir.

• Todos lançam mão do "teste do abuso" o tempo todo. Não se torne passível de abuso, senão você cairá.

• "Você consigo" tem de ficar forte. Forte o suficiente para ninguém perturbá-lo.

• O mundo não vai melhorar. Você é que tem de ficar mais forte e não se machucar com as coisas.

• Quanto mais forte consigo você ficar mais respeito das pessoas terá.

• Quanto mais você ajudar os outros, com sentimento de "pena", "tadinho", tais pessoas, das quais você sentiu pena e que receberam sua ajuda, lhe darão uma, duas, três, quatro facadas, quantas elas puderem.

• Desprezamos a pessoa de quem abusamos, porque nos sentimos humilhados por termos recebido tanto dela. Sentimo-nos fracassados e impotentes, uma vez que a pessoa corre e faz tudo por nós. Quanto mais a pessoa realiza algo para nós, mais impotente ainda nos sentimos.

• As pessoas são claras. Elas se mostram. Você é que se ilude.

• Nunca faça idéia de uma pessoa antes de conhecê-la.

• Conviva com a pessoa para saber como ela é.

• Quem acredita nos outros é burro.

• Fantasiar no terreno afetivo é perigoso. Embora você sonhe com o "Príncipe Encantado", sempre terá pela frente um parceiro humano, falível, repleto de erros. Viva a realidade.

• Num relacionamento, os parceiros devem concentrar esforços para a união.

• Ciúme e cobrança não passam de baixaria. Quem deles lança mão se humilha, se desvaloriza, cai.

• Ciúme é sinal de baixa auto-estima.

• O ciúme é uma doença porque destrói a pessoa, o relacionamento, o amor que existia, o tesão. Causa sofrimento à pessoa. Por isso, o ciúme não pode ser considerado amor, pois o amor não é destrutivo.

• O amor não prende, mas, sim, liberta. Ele torna a pessoa feliz, dá sossego, paz, constrói, ajuda, leva para frente.

• Amor sem inteligência é suicídio.

• Amor é diferente de necessidade, dependência.

• Quem não se ama não ama ninguém.

• O amor primeiramente nasce em você e depois se expande para os outros.

• Desvio psicológico do ciumento: tratar-se como porcaria e pôr o parceiro acima dele.

• Ninguém pertence a ninguém. Existe o "estar" com alguém, repartindo. Não existe o "meu".

• Você precisa se encarar, senão será dependente e não terá bons relacionamentos.

• Regra dos relacionamentos: quanto mais você cobra e quer do companheiro menos você tem dele.

• Envolver-se com alguém é enfrentar a si próprio, aprender a lidar consigo. Você aprende sobre os seus sentimentos, sobre você.

• Num relacionamento, o que você não pode perder de foco é você.

• É você que está em jogo num relacionamento, e não este. Você é mais importante que ele. O relacionamento é conseqüência.

• Você tem medo de perder uma pessoa? Como se ela não fosse substituível...

• Só se perde o que não se tem.

• Posicione-se ao lado de pessoas positivas. Esta deve ser a moradia da sua vida.

* * *
texto recebido por e-mail, da Bê.
imagem: da internet

Leia mais >>