Quem quer respeito, deve respeitar.
Na quinta-feira passada teve início o 1º Seminário de Profissionais e Terapeutas Holísticos, na Câmara Municipal. Para nossa surpresa, antes que a primeira palestra terminasse, militantes e simpatizantes do Movimento Negro chegavam à Câmara para uma sessão solene em homenagem à Semana da Consciência Negra. Aconteceu que, por uma confusão administrativa houve "colisão" de eventos no plenário. Resumindo, o Seminário estava agendado (há meses) para acontecer a partir das 19h e marcaram a sessão solene para 20:30h.
Não sei e nem quero saber quem teve culpa nesse caso. Não trata disso este post. Trata, isto sim, do que ocorreu a seguir.
Colocada a par da situação e das possíveis soluções, optei por transferir o seminário para o plenarinho, uma vez que estávamos em número menor do que os participantes da homenagem. É claro que seria (e foi) um transtorno, pois o plenarinho é bem mais apertado do que o local em que estávamos. Mas, pensei... não seria justo, sequer humano da minha parte, contribuir para que aquelas pessoas, preparadas para momento tão especial, fossem prejudicadas pela desorganização administrativa da Câmara. E, já que havia uma solução, que assim fosse.
Então, combinamos que faríamos a "troca" no intervalo entre a 1ª e 2ª palestra. Outra "colisão" se deu por conta do data show, mas seria fácil resolver já que eles tinham apenas um vídeo para apresentar – pelo menos foi o que me informaram. Combinamos, então, que fariam a apresentação do vídeo no início do evento para liberar o data show e assim não prejudicar ainda mais a palestra sobre florais que viria a seguir.
Pensei que assim seria mais justo... cada um cedendo um pouco, por consideração aos interesses do outro.
Porém... uma vez instalados no plenário, esqueceram a consideração ou qualquer outro adjetivo que configure respeito, retribuição. Passaram-se 15, 30, 45 minutos e a cada vez que o Toninho (assessor) retornava ao plenarinho dizia: "ainda não..." e a Flávia seguia em sua palestra sem poder apresentar as imagens das flores, que ela havia preparado com tanto carinho e esmero. Não apenas ela, a psicóloga, foi prejudicada em sua apresentação, mas todos nós que não tivemos o complemento visual do conteúdo verbal. Quem conhece sobre florais, entende perfeitamente o que estou dizendo.
É claro que poderia, e estaria em pleno direito, ter me negado a deixar o plenário. Mas, como? Não consegui pensar em outra coisa que não fosse aquelas pessoas prontas para homenagearem sua raça, raiz e tradição, naquela situação constrangedora e frustrante. Por esta razão, fiquei profundamente decepcionada com a atitude dos responsáveis pelo Movimento, ao qual sou tão solidária, sempre divulgando notícias e eventos no site e através do mailing. Não foram recíprocos na compreensão que lhes dispensamos, no respeito com que os tratamos. Não tiveram consideração ao não atender a única solicitação que fizemos, agindo como quem não "está nem aí" para as necessidades dos outros.
Fica aqui, então, registrado meu desagrado e também o constrangimento que senti diante da palestrante e dos participantes do seminário, pelo qual trabalhamos tanto e por tanto tempo. Uma lástima!
* * *
em tempo: Felizmente, terminando 2010 também termina meu desafio anual: abrir o coração. Para 2011, juro que vou pensar bem no exercício a desenvolver. (rs)
Não sei e nem quero saber quem teve culpa nesse caso. Não trata disso este post. Trata, isto sim, do que ocorreu a seguir.
Colocada a par da situação e das possíveis soluções, optei por transferir o seminário para o plenarinho, uma vez que estávamos em número menor do que os participantes da homenagem. É claro que seria (e foi) um transtorno, pois o plenarinho é bem mais apertado do que o local em que estávamos. Mas, pensei... não seria justo, sequer humano da minha parte, contribuir para que aquelas pessoas, preparadas para momento tão especial, fossem prejudicadas pela desorganização administrativa da Câmara. E, já que havia uma solução, que assim fosse.
Então, combinamos que faríamos a "troca" no intervalo entre a 1ª e 2ª palestra. Outra "colisão" se deu por conta do data show, mas seria fácil resolver já que eles tinham apenas um vídeo para apresentar – pelo menos foi o que me informaram. Combinamos, então, que fariam a apresentação do vídeo no início do evento para liberar o data show e assim não prejudicar ainda mais a palestra sobre florais que viria a seguir.
Pensei que assim seria mais justo... cada um cedendo um pouco, por consideração aos interesses do outro.
Porém... uma vez instalados no plenário, esqueceram a consideração ou qualquer outro adjetivo que configure respeito, retribuição. Passaram-se 15, 30, 45 minutos e a cada vez que o Toninho (assessor) retornava ao plenarinho dizia: "ainda não..." e a Flávia seguia em sua palestra sem poder apresentar as imagens das flores, que ela havia preparado com tanto carinho e esmero. Não apenas ela, a psicóloga, foi prejudicada em sua apresentação, mas todos nós que não tivemos o complemento visual do conteúdo verbal. Quem conhece sobre florais, entende perfeitamente o que estou dizendo.
É claro que poderia, e estaria em pleno direito, ter me negado a deixar o plenário. Mas, como? Não consegui pensar em outra coisa que não fosse aquelas pessoas prontas para homenagearem sua raça, raiz e tradição, naquela situação constrangedora e frustrante. Por esta razão, fiquei profundamente decepcionada com a atitude dos responsáveis pelo Movimento, ao qual sou tão solidária, sempre divulgando notícias e eventos no site e através do mailing. Não foram recíprocos na compreensão que lhes dispensamos, no respeito com que os tratamos. Não tiveram consideração ao não atender a única solicitação que fizemos, agindo como quem não "está nem aí" para as necessidades dos outros.
Fica aqui, então, registrado meu desagrado e também o constrangimento que senti diante da palestrante e dos participantes do seminário, pelo qual trabalhamos tanto e por tanto tempo. Uma lástima!
* * *
em tempo: Felizmente, terminando 2010 também termina meu desafio anual: abrir o coração. Para 2011, juro que vou pensar bem no exercício a desenvolver. (rs)
Nenhum comentário:
Postar um comentário