Orientações para 2012

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Análise das energias da Numerologia e do Tarô que influenciam 2012 – Programa Universo in Foco (04/01/2012)

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sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

• Na telinha no dia 30 de novembro...

Abertura da 11ª edição do Arte: Expressão e Identidade, evento anual promovido pelo Movimentos dos Artistas Plásticos de Pelotas (MAPP), realizado no Espaço Arte & Eventos "Zilah Costa" no período de 21/11 a 09/12/2011.

Entrevista com Roberta Mattea, proprietária da Livraria Lumière, sobre atividades na livraria e dicas de leitura.

Reportagem sobre a mostra coletiva de pintura realizada no Espaço Arte & Eventos "Zilah Costa", onde participaram aposentados que frequentam o curso promovido pelos sindicatos Asufpel e Sinasefepel.

(assistir no YouYube)

Universo in Foco vai ao ar todas as quartas-feiras, das 20h às 21h, pelos canais 14-Net e 9-Viacabo.

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sexta-feira, 22 de abril de 2011

• O amor antigo

Carlos Drummond de Andrade

O amor antigo vive de si mesmo,
não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede. Nada espera,
mas do destino vão nega a sentença.

O amor antigo tem raízes fundas,
feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulha no infinito,
e por estas suplanta a natureza.

Se em toda a parte o tempo desmorona
aquilo que foi grande e deslumbrante,
o antigo amor, porém, nunca fenece
e a cada dia surge mais amante.

Mais ardente, mas pobre de esperança.
Mais triste? Não. Ele venceu a dor,
e resplandece no seu canto obscuro,
tanto mais velho quanto mais amor.

* * *
do livro: "Amar se Aprende Amando".
recebi do Luis, pelo facebok.

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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

• Homens não vão embora

As mulheres têm de botá-los para fora
Ivan Martins

Ontem eu vi Comer, Rezar, Amar. Imagino que muitos de vocês já tenham visto. Bonito filme. Me fez pensar sobre um monte de coisas, algumas boas e outras más. Entre as más, está um fato bem conhecido pelas mulheres, sobre o qual eu gostaria de escrever hoje: a incapacidade dos homens de ir embora.

É impressionante. Na biografia de Elizabeth Gilbert, autora do livro que deu origem ao filme, há dois casamentos, com homens totalmente diferentes, que terminam exatamente do mesmo jeito: em farrapos, sem sexo e sem amor, mas com um sujeito que se recusa a admitir a realidade. É ela quem tem de arrumar as malas e ir embora.

Isso não me causa a menor estranheza. Boa parte dos casamentos que eu conheci terminaram assim. As mulheres dão fim a eles. Os homens empurram com a barriga, se adaptam a níveis crescentes de desconforto, vão ficando. Por anos. Sofrem o apodrecimento diário da intimidade, a privação física e afetiva do amor que acabou, mas não rompem. Isso vale para maridos, namorados e até amantes. Todos esperam que as mulheres ponham fim às relações, saindo da vida deles ou pondo eles para fora da vida delas. São acomodados, pusilânimes.

Por que esse comportamento? Eu não sei. Num pedaço bonito do filme, ao escrever um email para o ex-marido, Gilbert sugere que ele teria medo de “ser destruído” pela separação. A linguagem parece exagerada, mas faz sentido. Por que alguém viveria numa pocilga emocional por tanto tempo se não estivesse inteiramente apavorado com a ideia de ficar só?

A solidão, para algumas pessoas, em algumas situações, pode ser pior que sofrimento. Ela equivale a um estado de não existência, uma espécie de aniquilação. O sujeito não consegue se imaginar fora do casal. Por isso se agarra a ele de forma obstinada e insensata.

Mas esta é apenas a explicação de Gilbert. Não é necessariamente correta e talvez não sirva para todos os casos.

Da minha parte, acho que nós, homens, somos terrivelmente infantis. O casamento, para muitos de nós, equivale a uma espécie pervertida de adoção. Nossa mulher se torna a nossa mãe. Ela cuida do nosso bem estar material, nos dá conforto afetivo, estabelece limites ao nosso comportamento (que nós, secretamente, transgredimos) e, claro, nos dá carinho físico na forma de sexo.

Quando o sentimento erótico e amoroso acaba, continuamos presos pelo resto, dependentes como crianças de tudo que a mulher-mãe representa na nossa vida. Que criança consegue voluntariamente se separar da mãe? É a mãe que tem de fazer uso da sua autoridade e decretar, para além de qualquer sombra de dívida, que a relação acabou. Aí o homem-menino começa a se mexer e procurar outra parceira.

Isso parece um clichê ensebado? Parece, mas acho que explica aspectos importantes da realidade. Antes e depois da separação. Outro dia, eu almoçava com uma amiga e ela me falou sobre o comportamento de um ex-namorado, ciumentíssimo, que exigia a presença dela a todo o momento – e reagia com fúria se ela manifestasse o desejo de ficar longe dele. O que isso sugere senão uma criança tirânica, assustada com a ausência da mãe?

Para evitar esse tipo de relação – e o tipo de separação da história de Gilbert – é melhor escolher um homem independente, que não precise ser cuidado, tutelado ou aplacado como um bebê. Nem fique fazendo estripulias para chamar sua atenção.

Quando o instinto maternal sugerir que você deveria “tomar conta” daquele marmanjão de vida bagunçada, dê um passo para trás. Lembre de Comer, Rezar, Amar. Lembre que o momento em que você se torna a mãe dele é o mesmo momento em o desejo dele e o seu começam (paradoxalmente) a acabar. Ninguém quer isso para si mesmo, não é?

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* Ivan Martins é Editor-executivo de ÉPOCA.
fonte: Época

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segunda-feira, 19 de julho de 2010

• Babosa: Saúde, Nutrição e Beleza

Lú Albuquerque

Em forma de suco, gel, creme e loção, a Babosa poderia ser sinônimo de rejuvenescimento e bem-estar

A planta Aloe Vera, mais conhecida como Babosa, é utilizada há mais de quatro mil anos por quase todos os povos – “planta das virtudes mágicas” (sumérios), “curandeira silenciosa” (hindus), “remédio harmonioso” (chineses), “elixir da longevidade” (soviéticos), “fonte da juventude” (índios seminoles), “planta milagrosa” (europeus da Idade Média), “planta das queimaduras” (japoneses, após o episódio de Hiroshima), “planta que cura o câncer” (brasileiros, após o livro do Frei Romano) etc. Tem origem nos desertos africanos e adquiriu fama depois que os japoneses a utilizaram nos feridos durante a Segunda Guerra Mundial.

O maior especialista sobre a Aloe Vera no Brasil, o químico alemão aqui radicado Michael Peuser, foi fundo na pesquisa das mais de 100 doenças em cujo tratamento a Aloe, como eficaz coadjuvante, acelera e melhora as terapias. Em seu livro “Os Capilares determinam nosso destino” com o subtítulo “Aloe, Imperatriz das Plantas Medicinais, fonte de vitalidade e saúde”, ele explica a forma da atuação da Aloe em nosso organismo. Segundo o pesquisador, os conhecimentos adquiridos ao longo dos séculos a respeito das excepcionais forças vitais da Aloe já foram muitas vezes examinados e comprovados cientificamente durante as últimas décadas, inclusive, parcialmente mediante ensaios duplo cegos. A respeito disso já se dispõe de extensa literatura internacional, sobretudo publicada em revistas médicas especializadas e também em textos da medicina popular dos países em que essa planta é nativa. “Mesmo não curando, pode auxiliar no tratamento de várias doenças, como gastrite, bronquite, diabetes, asma, hemorróidas e até mesmo câncer (aliviando efeitos colaterais de químio e radioterapias)”, explica o autor.

A pesquisadora Mônica Lacombe Camargo, autora de “Saúde & Beleza Forever - Seu guia contemporâneo de nutrição e higiene”, diz que a Aloe é conhecida por desobstruir o fígado, os intestinos, os pulmões e os rins. É o que ela chama higienização do organismo. A planta é conhecida por seus efeitos contra acne, celulite, dermatite, eczema, estrias, manchas e ressecamento da pele. Usada em forma de gel, atua sobre a pele e, quando ingerida, é boa para a mucosa gastrointestinal. “Ela hidrata os tecidos conjuntivos e as células ficam mais livres para receber os nutrientes. É uma rica fonte de enzimas, com pelo menos 92 diferentes”, diz Mônica. Para a autora, não faltam motivos para fazer da Aloe um nutriente essencial para a longevidade. A planta teria ação reguladora sobre os níveis de colesterol e outras gorduras, reduzindo o risco de doença coronariana. “Uma das melhores formas de se beneficiar dos efeitos da planta é usá-la em forma de suco. Ele é rico em vitaminas, aminoácidos, minerais e enzimas que agem diretamente nas células”, afirma.

Na área da medicina estética, a Aloe teria ótimos efeitos. Segundo o farmacologista americano Earl Mindell, autor de “Vitaminas - Guia Prático de Medicamentos”, aplicada no rosto e no pescoço, suaviza a pele e ameniza as rugas. Ungüentos, cremes e loções de gel de Aloe podem prevenir a formação de bolhas e a escamação da pele por queimadura de sol. E ajuda ainda a amolecer calos e calosidades dos pés, além de ser um excelente condicionador de cabelos. Mônica Linhares, médica especialista em estética, também defende os poderes da planta. “Ela tem princípios ativos emolientes e ação anti-radicais livres, que ativam as células e retardam o envelhecimento precoce”, explica.

PROPRIEDADES MEDICINAIS VARIADAS

Perguntado sobre as propriedades que fazem da Babosa um produto natural e maravilhoso para a saúde e beleza, o Dr. Greg Henderson, diretor de uma clinica naturista no Estado da Califórnia, apoiado em provas de laboratório, menciona:

• FUNÇÃO INIBIDORA DE DOR: Reduz a dor ao ser aplicada no lugar do ferimento devido a sua grande capacidade de penetração, vantagem que não é encontrada na maioria de outros produtos.

• AÇÃO ANTI-INFLAMATÓRIA: Tem uma ação similar a dos esteróides como a cortisona, porém sem os efeitos nocivos que esta última provoca. Por esta razão, pode utilizar-se em todos os transtornos inflamatórios, como a bursite, artrite, ou picadas de inseto. Para um melhor efeito sobre a pele, coloque um algodão, empapado com o gel de Aloe Vera e cubra-o para evitar que evapore. Um ponto importante a ressaltar é que a planta não contém enzimas e outros elementos que a tornam altamente anti-inflamatória.

• AÇÃO COAGULANTE: Por conter alto teor de cálcio e potássio, ela provoca a formação de uma rede de fibras que retém os eritrócitos do sangue, ajudando assim, a coagulação e a cicatrização necessária. O cálcio é um elemento muito importante para o bom funcionamento do sistema nervoso e para a ação muscular, sendo um grande catalisador em todo o processo de cicatrização.

• AÇÃO QUERATOLÍTICA: Esta ação permite que a pele danificada ou ferida se desprenda, havendo uma renovação de tecidos com células novas. Permite que exista também um maior fluxo sangüíneo através de veias e artérias, livrando-as de pequenos coágulos.

• ACÃO ANTIBIÓTICA: Comprovou-se que a Aloe Vera inibe a ação destruidora de muitas bactérias, como a Salmonela e os Staphylococcus que produzem o pus etc. É um produto excelente para a eliminação bacteriana, bem como para a prevenção do ataque das bactérias.

• AÇÃO REGENERADORA CELULAR: Possui o hormônio que acelera o crescimento de novas células e, além disso, elimina as células velhas. Graças à presença de cálcio na Aloe Vera, as células podem manter seu equilíbrio interno e externo, proporcionando assim melhor saúde celular a todos os tecidos do corpo, porque o cálcio regula a passagem dos líquidos nessas células.

• CÂNCER DE PELE: “A milagrosa Aloe Vera será uma arma contra o câncer de pele no futuro”, assegurou o Dr Faith Strickland, do Centro de Câncer Anderson, da Universidade do Texas. Ele também assegura que a Aloe evita que o sistema imunológico da pele se danifique. Uma característica importante é que a Aloe contém 18 dos 23 aminoácidos essenciais que o corpo humano necessita para a formação de proteínas (as proteínas são cadeias formadas pela combinação de vários aminoácidos). Ademais, a Aloe contém minerais como o cálcio, fósforo, cobre, ferro, manganês, magnésio, sódio e potássio, que são elementos indispensáveis para o metabolismo e para a função celular.

• AÇÃO ENERGIZANTE: Ajuda no bom funcionamento do metabolismo celular, isto é, ajuda na produção da energia que o corpo necessita. Além disso, devido a seu conteúdo de vitamina C, ela produz uma ação que melhora e estimula a circulação e o bom funcionamento do aparelho cardiovascular. A vitamina C não é produzida pelo organismo, por isso temos de buscá-la externamente. Esta vitamina é muito importante para o fortalecimento do sistema imunológico, do aparelho circulatório, do aparelho digestivo, intervindo na prevenção da maioria das enfermidades, como se pode constatar em estudos sobre tal vitamina.

• AÇÃO DIGESTIVA: Contém uma grande quantidade de enzimas. Algumas enzimas podem ser produzidas pelo organismo (ex: pelo pâncreas), porém outras não o são, havendo, portanto a necessidade de serem adquiridas externamente. Durante o processo digestivo, as enzimas transformam as proteínas, convertendo-as em aminoácidos; os carboidratos em açucares (glicose) e as gorduras em ácidos graxos. E desta forma esses elementos transformados são absorvidos pelo intestino e levados à corrente circulatória.

• AÇÃO DESINTOXICANTE: Desintoxicação = eliminação + regeneração + assimilação. Devido ao potássio que a Aloe Vera contém, ela melhora e estimula o fígado e os rins, que são os principais órgãos de desintoxicação. Contém ácido urônico, o qual elimina as toxinas ao nível celular. Ao ser ingerida pela primeira vez, a Babosa tende a produzir um pouco de diarréia, devido ao fato de que ela produz uma limpeza inicial nos intestinos, tanto de bactérias quanto de alimentos que estão retidos nas alças intestinais ou nos divertículos.

• AÇÃO REIDRATANTE DA PELE: Penetra profundamente na pele e restitui os líquidos perdidos, além de restaurar os tecidos danificados de dentro para fora, como acontece no caso das queimaduras, tanto a ocasionada por fogo, quanto por radiação ou pelo sol.

• AÇÃO NUTRITIVA: Contém 18 dos 23 aminoácidos (componentes das proteínas) que o organismo necessita para formação de células e tecidos. Além disso, contém enzimas necessárias ao processamento dos carboidratos, das gorduras e das proteínas no estomago e intestino. Contem uma grande variedade de vitaminas, como a B1, B5, B12, A e C. Também contém minerais como cálcio, fósforo, cobre, ferro, magnésio, manganês, sódio e potássio.

• AÇÃO TRANSPORTADORA: É um veículo perfeito para transportar profundamente para dentro da pele outras substâncias ou elementos aos quais está combinada. Esta é a razão pela qual existam milhares de produtos cosméticos e medicinais misturados com Aloe Vera.

GERANDO TRABALHO E RENDA

Os benefícios da Babosa na vida humana não se restringem às áreas da saúde, nutrição e beleza. Oportunidade de negócio e renda extra complementam a lista. Prova disso é o sucesso da americana Forever Living Products, líder mundial no cultivo, processamento e distribuição de produtos de Aloe Vera – suplementos alimentares, cosméticos e higiene pessoal. Fundada no Arizona em 1978, atualmente presente em mais de 140 países, a companhia se transformou em um gigante no segmento de vendas porta a porta.

Há mais de 30 anos a empresa aposta na propaganda boca a boca como forma de comunicação e trabalha somente com distribuidores independentes. No Brasil atualmente existem um milhão de distribuidores e, segundo a companhia, são registrados mais de 20 mil novos por mês. Além da grande aceitação de seus produtos – cerca de 150 itens –, o excelente plano de marketing oferecido pela Forever Living tem se revelado um atrativo a mais para o cadastramento de novos distribuidores. “Oferecemos exatamente o que as pessoas querem agora, uma oportunidade para abrir seu próprio negócio”, afirma Gregg Maughan, presidente da companhia.

A estratégia “amigos indicam e levam a Forever” vem garantindo um faturamento na casa dos bilhões. Em 2009 a receita mundial da empresa foi de US$2,7 bilhões, dos quais o Brasil (onde chegou em 1996) é o responsável pela maior fatia desde 2008, quando superou o Japão que por 25 anos foi o principal mercado da Forever Living. Recentemente o Rio de Janeiro foi palco do evento anual batizado de Rally Mundial, hospedando representantes provenientes de 80 países. Mais de 10 mil pessoas participaram do encontro que contou com a presença do fundador Rex Maughan. Na ocasião, os 170 distribuidores da América Latina que mais se destacaram em 2009 foram contemplados com nada menos que um total de R$11 milhões.

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fontes de pesquisa: Nutriscience World Nutrition, Brasil Econômico - 24/05/2010, O Estadão - 12/04//2010, Isto É Dinheiro - nº 631, Isto É Dinheiro – nº 581, O Globo – 14/03/2004

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sexta-feira, 9 de abril de 2010

• Farmácia Natura: 30 anos



FARMÁCIA NATURA E MUSEU FARMACÊUTICO MOURA LANÇAM CAMPANHA EM PROL DA BIBLIOTHECA PÚBLICA

Iniciativa marca a abertura da agenda comemorativa aos 30 anos da Farmácia e o primeiro aniversário do Museu

O salão nobre da Bibliotheca Pública Pelotense foi palco da abertura das comemorações alusivas aos 30 anos da Farmácia Natura. O coquetel aconteceu na noite de 26 de março, ocasião do lançamento da campanha que visa revitalizar o acervo e aumentar o número de associados da instituição. A iniciativa do farmacêutico e bioquímico José Gilberto Perez de Moura, reconhecido em seu pioneirismo e espírito empreendedor, conta com a parceria de Lifemed, Escola Mário Quintana e Diário Popular.

A campanha, que encerra em 16 de abril, recebe apoio de diversas empresas públicas e privadas – Secretaria de Estado da Cultura, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Laboratório Dr. Rouget Perez, G. Gotuzzo, entre outras.

Interessados em participar podem contatar a Bibliotheca – fone (53) 3222-3856 – ou a Farmácia Natura – fone (53) 2128-2128.

para saber mais, acesse... 3º Milênio

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quarta-feira, 7 de outubro de 2009

• Você não pode voltar atrás no que vê

Porque você não pode voltar atrás no que vê. Você pode se recusar a ver, o tempo que quiser: até o fim da sua maldita vida, você pode recusar, sem necessidade de rever seus mitos ou movimentar-se de seu lugarzinho confortável. Mas a partir do momento em que você vê, mesmo involuntariamente, está perdido: as coisas não voltarão a ser mais as mesmas e você próprio não será o mesmo. O que vem depois, não se sabe.

(Caio Fernando Abreu)
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trecho de "O Ovo Apunhalado" (Editora Agir, 2008).

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sexta-feira, 10 de julho de 2009

• Da razão e da paixão

Relâmpago

Khalil Gibran

E a sacerdotisa adiantou-se novamente e disse: Fala-nos da razão e da paixão.

E ele respondeu, dizendo: Vossa alma é freqüentemente um campo de batalha onde vossa razão e vosso juízo combatem vossa paixão e vosso apetite. Pudesse eu ser o pacificador de vossa alma, transformando a discórdia e a rivalidade entre vossos elementos em união e harmonia. Mas como poderei fazê-lo, a menos que vós mesmos sejais também pacificadores, mais ainda, enamorados de todos os vossos elementos?

Vossa razão e vossa paixão são o leme e as velas de vossa alma navegante. Se vossas velas ou vosso leme se quebram, só podereis derivar ou permanecer imóveis no meio do mar. Pois a razão, reinando sozinha, restringe todo impulso; e a paixão, deixada a si, é um fogo que arde até sua própria destruição.

Que vossa alma eleve, portanto, vossa razão à altura de vossa paixão, para que ela possa cantar, E que dirija vossa paixão a par com vossa razão, para que ela possa viver numa ressurreição cotidiana e, como a fênix, renascer das próprias cinzas.

Gostaria que tratásseis vosso juízo e vosso apetite como trataríeis dois hóspedes amados em vossa casa. Certamente não honraríeis um hóspede mais do que o outro; pois quem procura tratar melhor um dos dois, perde o amor e a confiança de ambos.

Entre as colinas, quando vos sentardes à sombra fresca dos álamos brancos, compartilhando a paz e a serenidade dos campos e dos prados distantes, então que vosso coração diga em silêncio: "Deus repousa na razão". E quando bramir a tempestade, e o vento poderoso sacudir a floresta, e o trovão e o relâmpago proclamarem a majestade do céu, então que vosso coração diga com temor e respeito: "Deus age na paixão". E já que sois um sopro na esfera de Deus e uma folha na floresta de Deus, vós também devereis descansar na razão e agir na paixão.

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Do livro "O Profeta".
Li no blog da Tereza V, que me autorizou "clonar". (rs)
A imagem garimpei na net e encontrei no blog Jardim de Poesia.
Tbm achei no YouTube.

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sábado, 27 de junho de 2009

• Osho - do livro The Dhammapada

O Amor e a capacidade de estar só...



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Maria deixou pra mim no Orkut. Sábios conceitos.

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sexta-feira, 19 de junho de 2009

• Reflexões para psicoterapeutas, aspirantes e curiosos

Contardo Calligaris

Para ser um bom psicoterapeuta, é útil que a gente possua alguns traços de caráter ou de personalidade que, dito aqui entre nós, dificilmente podem ser adquiridos no decorrer da formação: melhor mesmo que eles estejam com você desde o começo.

Se você quer ser olhado com gratidão por seus pacientes e pelos outros em geral, talvez seja melhor ser médico. Claro que todo mundo gosta de reconhecimento, não é? Mas há sujeitos para quem é crucial ser constantemente objeto de uma veneração amorosa. Então, se por alguma razão é importante para você se alimentar no reconhecimento e no agradecimento infinitos dos outros, então não escolha a profissão de psicoterapeuta. Por duas razões:

Primeiro: na vida social, o psicoterapeuta não encontra nada de parecido com a espécie de gratidão que, em geral, é reservada ao médico. O psicoterapeuta encontra uma atitude que é uma mistura de temor com escárnio. Tipo assim: “ah... você é psicanalista? Justamente acabo de ler uma matéria, onde é que era?... sabe, daqueles americanos que provam que a psicanálise é uma baboseira, você leu?”

Segundo: o psicoterapueta não deve esperar gratidão de seus pacientes. Nas curas que proporciona, o psicoterapeuta é, por assim dizer, ele mesmo o remédio. E, nos melhores casos, quando tudo dá certo, ele acaba exatamente como um remédio que a gente usou e que fez seu efeito: uma caixinha aberta, com as poucas pílulas que sobraram, no fundo do armário do banheiro. A caixinha é guardada durante um tempo, porque nunca se sabe; um dia a gente a encontra, não se lembra mais qual era seu uso, constata que, de qualquer forma o remédio está vencido e joga fora. E é bom que seja assim. Nenhuma psicoterapia, seja ela qual for, deveria almejar a dependência do paciente.

Tudo isso apenas para dizer que, se você gosta da idéia de ser um notável na cidade e de se sentir amado, a psicoterapia talvez não seja a melhor escolha profissional para você. Por isto insisto. As psicoterapias em geral se beneficiariam muito com algumas décadas de menos brilho, menos neuroses de seus chefes e mais cuidado com os pacientes. Portanto, por favor, se sua personalidade pede amor e admiração ao mundo, invente uma crença, torne-se médico, mas, pelo bem das psicoterapias, desista. Ou então (mas este é um caminho longo), antes de se autorizar ser psicoterapeuta, faça o necessário para mudar mesmo.

Mas então, vamos ao que importa. Esta carta deveria tratar dos traços de caráter que eu procuraria em quem quisesse se tornar psicoterapeuta. Não se decidir a ordem, mas todos estes eu gostaria de encontrar:

Primeiro: Um gosto pronunciado pela palavra e um carinho espontâneo pelas pessoas, por diferentes que sejam de você.

Segundo: Uma extrema curiosidade pela variedade da experiência humana com o mínimo possível de preconceito. Você pode ter suas crenças e convicções. Aliás, é ótimo que as tenha, mas, se essas convicções acarretam, aprovação ou desaprovação morais preconcebidas das condutas humanas, sua chance de ser um bom psicoterapeuta é muito reduzida, para não dizer, nula. É fácil entender que, se você tiver opiniões morais prontas sobre a metade dos atos possíveis nesta terra, é melhor deixar a profissão de terapeuta para quem tem mais indulgência pela variedade da experiência humana.

Terceiro: Este ponto é controvertido: além de uma grande e indulgente curiosidade pela variedade da experiência humana, eu gostaria que o futuro psicoterapeuta já tivesse, nessa variedade, uma certa quilometragem rodada. Ou seja, há que não ser muito “normal”. Mas não se entende que esta fachada de normalidade possa ser, hoje, um critério na hora de selecionar candidatos para a formação. Enfim, lembre-se: Primeiro: um psicoterapeuta que define uma conduta como “desvio” não fala em nome da psicoterapia e ainda menos em nome da psicanálise. Ele fala quer seja em nome do seu anseio de normalidade social, quer seja em nome de seu esforço para reprimir nele mesmo o desejo que parece condenar. Segundo, e mais geral, quem estigmatiza categorias como os “homossexuais”, os “sadomasoquistas”, os “exibicionistas”, etc. é um atacadista, enquanto a psicoterapia/psicanálise trabalha no varejo: a fantasia e o desejo só encontram seu sentido nas vidas singulares.

Quarto: O último traço que eu gostaria de encontrar no futuro psicoterapeuta é uma boa dose de sofrimento psíquico. Desaconselho a profissão a quem está “muito bem, obrigado”, por duas razões:

a) uma parte essencial da formação de um terapeuta que trabalhará com as motivações conscientes ou inconscientes de seus pacientes, consiste no seguinte: o futuro terapeuta deve, ele mesmo, ser paciente, durante um bom tempo. É improvável que uma psicanálise aconteça sem que um sofrimento reconhecido motive o paciente. O processo não é necessariamente desagradável, mas pede uma determinação e uma coragem que podem falhar mais facilmente em quem “não precisa de tratamento”. Porque diabo me aventurarei a explorar os porões da minha cabeça, lugares malcheirosos e arriscados, se eu não for empurrado pela vontade de resolver um conflito, acalmar um sintoma e conseguir viver melhor?

b) uma segunda razão para preferir que o futuro psicoterapeuta traga consigo uma boa dose de sofrimento psíquico e precise se curar. Durante os anos da sua prática clínica, no futuro, muitas vezes você duvidará da eficácia de seu trabalho. Encontrará pacientes que não melhoram, agarrados a seus sintomas mais dolorosos como um náufrago a um salva-vidas; viverá momentos consternados em que as palavras que lhe ocorrerão parecerão alfinetes de brinquedo agitados em vão contra forças imensamente superiores. Nesses momentos (que, acredite, serão freqüentes) será bom lembrar que você sabe mesmo (e não só pelos livros) que sua prática adianta. Sabe por que a prática que você propõe a seus pacientesjá curou ao menos um: você.

Resumindo, meu jovem amigo que pensa em ser terapeuta, se você sofre, se seus desejos são um pouco (ou mesmo muito) estranhos, se (graças à sua estranheza) você contempla com carinho e sem julgar (ou quase) a variedade das condutas humanas, se gosta da palavra e se não é animado pelo projeto de se tornar um notável de sua comunidade, amado e respeitado pela vida afora, então, benvindo ao clube: talvez a psicoterapia seja uma profissão para você.

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Parte do livro "Cartas a um Jovem Terapeuta – Reflexões para psicoterapeutas, aspirantes e curiosos" (Editora Campus).
Recebi por e-mail da Bê.

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sexta-feira, 20 de março de 2009

• A janela dos outros

Janela

Martha Medeiros

Gosto dos livros de ficção do psiquiatra Irvin Yalom (Quando Nietzsche Chorou, A Cura de Schopenhauer) e por isso acabei comprando também seu Os Desafios da Terapia, em que ele discute alguns relacionamentos padrões entre terapeuta e paciente, dando exemplos reais. Eu devo ter sido psicanalista em outra encarnação, tanto o assunto me fascina.

Ainda no início do livro, ele conta a história de uma paciente que tinha um relacionamento difícil com o pai. Quase nunca conversavam, mas surgiu a oportunidade de viajarem juntos de carro e ela imaginou que seria um bom momento para se aproximarem. Durante o trajeto, o pai, que estava na direção, comentou sobre a sujeira e degradação de um córrego que acompanhava a estrada. A garota olhou para o córrego a seu lado e viu águas límpidas, um cenário de Walt Disney. E teve a certeza de que ela e o pai realmente não tinham a mesma visão da vida. Seguiram a viagem sem trocar mais palavra.

Muitos anos depois, esta mulher fez a mesma viagem, pela mesma estrada, desta vez com uma amiga. Estando agora ao volante, ela surpreendeu-se: do lado esquerdo, o córrego era realmente feio e poluído, como seu pai havia descrito, ao contrário do belo córrego que ficava do lado direito da pista. E uma tristeza profunda se abateu sobre ela por não ter levado em consideração o então comentário de seu pai, que a esta altura já havia falecido.

Parece uma parábola, mas acontece todo dia: a gente só tem olhos para o que mostra a nossa janela, nunca a janela do outro. O que a gente vê é o que vale, não importa que alguém bem perto esteja vendo algo diferente.

A mesma estrada, para uns, é infinita, e para outros, curta. Para uns, o pedágio sai caro; para outros, não pesa no bolso. Boa parte dos brasileiros acredita que o país está melhorando, enquanto que a outra perdeu totalmente a esperança. Alguns celebram a tecnologia como um fator evolutivo da sociedade, outros lamentam que as relações humanas estejam tão frias. Uns enxergam nossa cultura estagnada, outros aplaudem a crescente diversidade. Cada um gruda o nariz na sua janela, na sua própria paisagem.

Eu costumo dar uma espiada no ângulo de visão do vizinho. Me deixa menos enclausurada nos meus próprios pontos de vista, mas, em contrapartida, me tira a certeza de tudo. Dependendo de onde se esteja posicionado, a razão pode estar do nosso lado, mas a perderemos assim que trocarmos de lugar. Só possuindo uma visão de 360 graus para nos declararmos sábios. E a sabedoria recomenda que falemos menos, que batamos menos o martelo e que sejamos menos enfáticos, pois todos estão certos e todos estão errados em algum aspecto da análise. É o triunfo da dúvida.

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Recebi da Bê.

foto: Olivier Taugourdeau - fonte: Pavão Foto

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quinta-feira, 5 de março de 2009

• Amor da minha vida

Amor da Minha Vida

Maitê Proença

O amor da minha vida eu encontrei, tem nome, é de carne e osso e me ama também. Agora falta encontrar alguém com quem possa me relacionar.

É que o homem da minha vida não cabe em mim e eu não caibo nele. Não basta que a gente se queira há muitos anos. Não bastam nossos namoros longos, os rompimentos e a teimosia de desejar aquilo que não há de ser. Não presta que ele me visite pra acabar com as saudades e fuja correndo de pernas bambas e um bumbo no peito. Não importa que eu esqueça meu nome depois, nem que me perca num oco, ou que os sentimentos corram de ambos os lados, intensos e desarvorados. Não basta que haja amor para viver um amor. Eu e ele somos as cruzadas da Idade Média, o Osama e o Tio Sam, o preto e o branco do apartheid, o falcão e o lobo, o feitiço de Áquila. Seus mistérios me perturbam e minha clareza o ofusca. Tenho fascínio pelo Plutão que ele habita, e ele vive intrigado por minha Vênus, mas, quando eu falo vem, ele entende vai. Enquanto ele avista o mar eu olho pra montanha. Quando um se sente em paz o outro quer guerra. É preciso me traduzir a cada centímetro do caminho enquanto ele explica que eu também não entendi nada. Discordamos sobre o tempo, o tamanho das ondas, a cor da cadeira. O desacerto é de lascar, e não há cama que resista a tantas reconciliações - um dia a cama cai.


Esta semana fui ver a Ópera do Malandro, em cartaz no Rio de Janeiro. Se o Chico Buarque nunca mais tivesse feito outra coisa na vida, ainda assim teria de ser imortalizado pelas alturas em que transita sua poesia nessa obra. Como ando às voltas com assuntos de amor, prestei atenção na cafetina Vitória, que, do alto de sua experiência, ensinava:

– O amor jamais foi um sonho, o amor, eu bem sei, já provei, é um veneno medonho. É por isso que se há de entender que o amor não é ócio, e compreender que o amor não é um vício, o amor é sacrifício, o amor é sacerdócio.

Mais adiante Terezinha, a heroína quase ingênua, sofria:

– Oh, pedaço de mim, oh metade arrancada de mim, leva o vulto teu, que a saudade é o revés de um parto, a saudade é arrumar o quarto do filho que já morreu. Leva o que há de ti, que a saudade dói latejada, é assim como uma fisgada no membro que já perdi.

Naquela noite, inspirada pelo Chico, voltei pra casa decidida – não quero mais o amor da minha vida ocupando o lugar de amor da minha vida. Venho, portanto, pedir a ele publicamente que libere a vaga. É com você mesmo que estou falando, você aí, que se instalou feito um posseiro dentro do meu coração, faça o favor de desinstalar-se. Xô. Há de haver um homem bom me esperando em alguma esquina deste mundo. Um homem que aprecie meu carinho, goste do meu jeito, fale a minha língua e queira cuidar de mim. As qualidades podem até variar, mas aos interessados, se houver, vou avisando: existem alguns defeitos que considero indispensáveis.

Meu amor tem de ter uns certos ciúmes, e reclamar quando eu precisar viajar pra longe. Pode se meter com a minha roupa, com corte de cabelo, e achar que sou distraída e não sei dirigir. Quando ficar surpreso de eu ter chegado até aqui sem ele, afirmarei, sem ironia, que foi mesmo por milagre. Este homem deve querer nosso lar impecável, com flores no jarro, e é imperativo que faça tromba quando não estiver assim. Ele irá me buscar no trabalho e levará direto pra casa, nada de madrugadas na rua! Desejo enfim que meu amor me reprima um pouco, e que me tolha as liberdades – esse vôo alucinante e sem rumo anda me dando um cansaço danado.

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Trecho do livro "Entre Ossos e a Escrita" (Ediouro, Rio de Janeiro, 2004).

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