Maria Cristina Manfro
Eu pensava no que escrever na dedicatória à uma pessoa conhecida quando me veio uma citação que diz: “nenhuma mudança positiva pode acontecer na sua vida enquanto você se agarra ao pensamento de que o motivo para não viver bem está fora de você”. Então me dei conta do quanto terceirizamos nossa felicidade.
É de surpreender o quanto jogamos a culpa de nossas dores fora da gente. Sempre tem que haver uma mãe, um pai, um filho, um marido, uma esposa, um chefe, um governo, e assim por diante, que justifiquem nossas mazelas. Elas existem, eu bem sei, mas sempre a maneira como você vai encará-las é que fará toda a diferença.
Principalmente se você se responsabilizar pelos seus atos, pensando no quanto você contribuiu para a causa do seu sofrimento ou ainda no que você pode fazer para amenizá-lo. Claro que se responsabilizar por danos sofridos pela violência não vale porque certas situações de violência não têm correlação com responsabilidades.
Infelizmente muitas pessoas agridem sem ter porquês. Porém, sempre gostamos de álibis para nossas dores. O ser humano gosta de dizer que passa mal por causa disso ou daquilo. Gostamos de dizer que sofremos por causa dos outros, pelos que eles fizeram ou deixaram de fazer.
Cada vez que nos decepcionamos, na maioria das vezes por nossas próprias atitudes, buscamos culpados. Culpando as outras pessoas estamos isentos de responsabilidades. Se você está isento de responsabilidades, está isento de buscar soluções ou alternativas. Neste caso, é só sofrer e se lamentar: “como isso pode ter acontecido comigo?” “Olha só o que fizeram comigo?” “Pobre de mim”.
Da mesma maneira, esteja alerta para que você não assuma a responsabilidade por coisas que não são suas (caso de muitas mães), pegando tudo o que os outros jogam, tudo aquilo que lhe delegam, como uma carga para você carregar. Se você colocar o motivo dos seus sofrimentos fora de você não irá se comprometer em viver melhor.
Ficará isento de partir para a decisão de ser ativo para seu próprio bem estar. Ficará a espera que o exterior mude ou que um milagre aconteça. Ficará como uma Cinderela, a espera que o príncipe a salve. Ficará a espera que o patrão lhe dê um aumento e lhe promova.
Que desculpem todas as suas faltas porque a sua mulher não fez isso ou aquilo e, portanto, você sofreu. Seu marido lhe deixou e então você está autorizada a sofrer até os últimos dias de sua vida. Sua mulher pulou a cerca, então você pode querer matar meio mundo, afinal, você é um sofredor.
Você usou drogas porque o pai ou a mãe não fizeram isso ou aquilo. Você vive mal porque seus filhos não fizeram aquilo que você gostaria. Seu papai e sua mamãe se separaram há 20 anos, mas você teima em ficar de mal, afinal, eles lhe decepcionaram, fizeram você sofrer.
Essa é a receita perfeita para você virar um pobre coitado. Motivos não faltam na vida para você viver mal. Álibis não nos faltam para que vivamos mal. Precisamos estar atentos porque terceirizar a felicidade é fácil, mas jamais é libertador.
Viver infeliz, culpando os outros por sua tristeza, é cômodo e pode se tornar crônico e eterno. Assumir as rédeas da própria felicidade não é fácil, não é cômodo, mas é um dos maiores sentimentos de liberdade que você terá.
Você, senhor e senhora do seu próprio destino. Um destino onde você pega as rédeas da felicidade com suas próprias mãos e tenta levá-la até o fim da vida, apesar de todos os pesares.
* * *
recebi por e-mail.
É de surpreender o quanto jogamos a culpa de nossas dores fora da gente. Sempre tem que haver uma mãe, um pai, um filho, um marido, uma esposa, um chefe, um governo, e assim por diante, que justifiquem nossas mazelas. Elas existem, eu bem sei, mas sempre a maneira como você vai encará-las é que fará toda a diferença.
Principalmente se você se responsabilizar pelos seus atos, pensando no quanto você contribuiu para a causa do seu sofrimento ou ainda no que você pode fazer para amenizá-lo. Claro que se responsabilizar por danos sofridos pela violência não vale porque certas situações de violência não têm correlação com responsabilidades.
Infelizmente muitas pessoas agridem sem ter porquês. Porém, sempre gostamos de álibis para nossas dores. O ser humano gosta de dizer que passa mal por causa disso ou daquilo. Gostamos de dizer que sofremos por causa dos outros, pelos que eles fizeram ou deixaram de fazer.
Cada vez que nos decepcionamos, na maioria das vezes por nossas próprias atitudes, buscamos culpados. Culpando as outras pessoas estamos isentos de responsabilidades. Se você está isento de responsabilidades, está isento de buscar soluções ou alternativas. Neste caso, é só sofrer e se lamentar: “como isso pode ter acontecido comigo?” “Olha só o que fizeram comigo?” “Pobre de mim”.
Da mesma maneira, esteja alerta para que você não assuma a responsabilidade por coisas que não são suas (caso de muitas mães), pegando tudo o que os outros jogam, tudo aquilo que lhe delegam, como uma carga para você carregar. Se você colocar o motivo dos seus sofrimentos fora de você não irá se comprometer em viver melhor.
Ficará isento de partir para a decisão de ser ativo para seu próprio bem estar. Ficará a espera que o exterior mude ou que um milagre aconteça. Ficará como uma Cinderela, a espera que o príncipe a salve. Ficará a espera que o patrão lhe dê um aumento e lhe promova.
Que desculpem todas as suas faltas porque a sua mulher não fez isso ou aquilo e, portanto, você sofreu. Seu marido lhe deixou e então você está autorizada a sofrer até os últimos dias de sua vida. Sua mulher pulou a cerca, então você pode querer matar meio mundo, afinal, você é um sofredor.
Você usou drogas porque o pai ou a mãe não fizeram isso ou aquilo. Você vive mal porque seus filhos não fizeram aquilo que você gostaria. Seu papai e sua mamãe se separaram há 20 anos, mas você teima em ficar de mal, afinal, eles lhe decepcionaram, fizeram você sofrer.
Essa é a receita perfeita para você virar um pobre coitado. Motivos não faltam na vida para você viver mal. Álibis não nos faltam para que vivamos mal. Precisamos estar atentos porque terceirizar a felicidade é fácil, mas jamais é libertador.
Viver infeliz, culpando os outros por sua tristeza, é cômodo e pode se tornar crônico e eterno. Assumir as rédeas da própria felicidade não é fácil, não é cômodo, mas é um dos maiores sentimentos de liberdade que você terá.
Você, senhor e senhora do seu próprio destino. Um destino onde você pega as rédeas da felicidade com suas próprias mãos e tenta levá-la até o fim da vida, apesar de todos os pesares.
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