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Análise das energias da Numerologia e do Tarô que influenciam 2012 – Programa Universo in Foco (04/01/2012)

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domingo, 7 de novembro de 2010

• Um plano para dois

romanceGilmar Marcilio

Quais são as condições para que duas pessoas vivam juntas e felizes?

Ando com síndrome de pesquisador. É só alguém passar pela frente que eu peço para parar e, ato contínuo, faço uma série de perguntas sobre o assunto que me interessa investigar no momento. Alguns parecem assustados. Outros, mais falantes e opiniáticos, ficam felizes por ter sido escolhidos para esse serviço de utilidade pública.

Na minha mais recente incursão, indaguei sobre relacionamentos, um tema que nunca se esgota. Os avulsos andam descontentes com o mercado, e os pares não cansam de se perguntar se casamento continua sendo um bom investimento. Aproveito cada resposta para engordar meus conhecimentos pessoais. O desafio da semana foi o seguinte: listar as cinco condições essenciais para que duas pessoas possam viver juntas e felizes. Ou: o que você considera indispensável para ficar com alguém. Nesse meu top five informal, ouvi as respostas mais inusitadas. Desconsiderei o que me parecia inalcançável, fui somando as que se repetiam e já posso dividir com os leitores o resultado final.

QUÍMICA: de nada adianta você se encantar com a alma de alguém se na hora do abraço, do beijo, etc, não tocar o sininho. Pode ser o homem ou a mulher mais sensível do mundo, cheios de boas intenções, futuros genitores amorosos ou companhias excelsas para discutir filosofia alemã. Nada disso importa, a menos que não lhe desagrade a ideia de agregar mais um irmão a sua família. É a famosa pegada boa. São os que despem com o olhar e acabam provando, às vezes antes do que a gente pensava, que se pode descobrir os encantos do espírito através do corpo. Não dá para explicar. Acontece ou não.

ADMIRAÇÃO: quando a soma das qualidades é maior do que os defeitos que se agigantam com a convivência diária. Entre uma ida ao supermercado, uma noite mal dormida ou a troca de fraldas do bebê, prevalece aquele olhar de encantamento. Temos a certeza de querer ficar junto para o resto da vida. E o juramento feito no altar não parece mais uma fórmula batida e dita no piloto automático. Na saúde, na doença, na alegria, na dor... Tanto faz. Apostamos certo e só resta cuidar para que outros também não descubram o mesmo em relação a quem escolhemos. A concorrência costuma ser desleal, principalmente por esses dias em que muitos parecem ainda arrastar a adolescência aos quarenta, cinquenta anos. Cada um usa as armas que aprendeu a manejar. É legítimo.

HUMOR: existe algo mais cansativo do que quem vive em eterno estado de azedume? Que não ri de nada, não relaxa e acredita que a vida é um fardo a ser carregado com paciência e resignação? Melhor fazer parte do grupo dos palhaços. Descobrir cedo que é bom atribuir pouca importância a quase tudo. As coisas passam e há o risco de só ficar a amargura, quando não sabemos nos divertir. Essa é a palavra mágica: diversão. Se não sentimos dor, a despensa está cheia, a carteira de trabalho assinada e ainda por cima alguém nos espera em casa, só resta rezar para o santo de nossa devoção.

COMUNICAÇÃO (incluindo escutar, algo raríssimo): nada melhor do que partilhar com quem amamos o mesmo olhar sobre a vida, respeitando eventuais pontos dissonantes. Para que isso aconteça, é necessário diálogo. Lembra? Eu escuto você, depois você me escuta. Não precisa cronometrar o tempo de cada um, mas os ponteiros têm que fazer mais ou menos a mesma caminhada ao redor do relógio. São as minhas e as suas angústias. A minha e a sua felicidade. Não é só com o ouvido que se escuta. É com outro órgão, quase esquecido, que se aprende a compreender.

TOLERÂNCIA: ninguém é capaz de nos agradar o tempo todo. A melhor ginástica amorosa é a da respiração profunda. Não transformar a discordância num ringue para lutas ferozes. Opiniões são somente isto: pontos de vista. Cada um tem o seu e quanto maior a diversidade, maior a chance de sairmos do nosso mundinho doméstico de preconceitos. Quem tolera costuma ser mais saudável, inclusive fisicamente. Pense no que vai economizar em médicos.

Pronto. Você pode até discordar de algum item, mas não há como negar que são condições importantes para que duas pessoas comecem um projeto afetivo com razoável probabilidade de acerto. Contabilize o que tem em casa. Ou, se estiver sozinho, saia para a rua e comece a buscar. Encontrando numa pessoa três dos itens listados, aposte todas as fichas. A partida, provavelmente, já está ganha.

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Fonte: O Pioneiro

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A Bê acompanha de perto e me manda por e-mail. Eu adoro!

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